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sexta-feira, 11 de maio de 2012
Qual é o seu rótulo?
O post de hoje surgiu da reflexão de uma "conversa" no twitter sobre as críticas que uma blogueira
recebeu por ser paty e postar o look do dia usando um "tênis gordo" e que julgaram não ser o estilo dela.
Certamente, essas pessoas queriam ver a moça com um scarpin de oncinha.
Ouço muito das pessoas, principalmente, dos meus alunos adolescentes coisas do tipo "você é roqueira?",
"você é hippie?", "você tá muito patricinha hoje!", "você é fã de restart?", "você frequenta a rua chile?
(pergunta indireta pra 'você fuma maconha?' rs)", "que cabelo é esse?". Chega a ser irritante.
Às perguntas, a minha resposta é sempre "eu sou eu" seguido da pergunta "o que é você?".
Por que é que temos que estar dentro de um padrão? Seguir uma regra quase que doutrinária, como numa
religião? Se encaixar dentro de um estilo que é mais um rótulo, uma máscara do que se quer parecer, do
que quer se mostrar? Não podemos usar/gostar de coisas diferentes? Qual a graça dos conjuntos sem as
intercessões?
O mundo tá se tornando um rebanho e você tem que estar no seu grupo. E ai de você se se desgarrar
dele. Acredito que quem diz ter determinado estilo é mais um poser que uma pessoa estilosa. Melhor
dizendo, a última coisa é ser uma pessoa estilosa.
E esses rebanhos têm tido grande influência da "democratização" da moda. Pessoas ignorantes
quanto às tendências e às it-shits-something do momento são as mais originais porque não estão presas a
uma cor, a uma saia, a um sapato, a uma tendência.
O mais engraçado nisso tudo é que as pessoas com rótulos se acham únicas, diferentes. C´mon!
Iguais a você, estilosa(o), há/surge um(a) a cada esquina, a cada chute numa pedra, a cada peido que o
Karl Lagerfeld solta.
Pra mim, o mais importante é você ser quem realmente é. E se, por exemplo, usa habitualmente
coturnos, mas um dia tá a fim de calçar uns tênis coloridos, uns crocs ou um saltão pink, qual é o problema?
Nós temos o direito de usar o que quisermos, mas porque gostamos, não porque "faz parte da
nossa religião do estilo". A forçação é que é ridícula.
Penso que não há tipos de estilo, mas o estilo próprio que vai sendo construído com as experiências
que vivenciamos e que vão sendo adaptadas ao nosso comportamento e forma de se vestir. Infelizmente,
essa naturalidade se perdeu e a maioria passa a ser como que um apêndice do mercado. Um produto
padronizado.
Sempre odiei rotulos
ResponderExcluire além de professora
quase nunca me permito dizer que sou isso ou aquilo
pois não existe um puro sangue isso ou aquilo
e nada pior do que andar "fantasiada" daquilo que vc quer ser.
adorei o post
e a unica pergunta que me fazem é se sou ateu, nem imagino pq. kkkkkkkkkk. de verdade.
bjs
Falou e disse! E parabéns pra quem consegue ser espontânea sem montar um look para parecer ser "espontâneo"!
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